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5 motivos para assistir agora o documentário Ilha das Flores

Produção de 1989 fala sobre consumo e o mundo que vivemos

publicado em: 16/12/2022

Ilha das Flores é um documentário produzido em 1989, por Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasile  Nôra Gulart, com roteiro de Jorge Furtado. O curta metragem tem apenas 13 minutos e uma narrativa bem simples para fazer críticas à sociedade do consumo, fazendo com que a produção seja exibida até hoje em salas de aula do Brasil e do Mundo.

ilha das flores
Foto: Reprodução

Ilha das Flores - 5 motivos para assistir

A narrativa explora a trajetória de um tomate, que passa pela colheita até o descarte num lixão, onde é disputado por crianças em situação de fome, mostrando assim a desigualdades sociais, capitalismo e miséria. A ficção e realidade esmiúçam, de maneira ácida, a sociedade de consumo. 

Linguagem

A comunicação que o filme passa é bem rápida e a narrativa muito bem encaixada. Os momentos diferentes da história da produção também ajuda a manter as referências presentes ao longo de toda a duração.

Roteiro

Embora seja um documentário, o roteiro de Jorge Furtado flui naturalmente e não abusa de termos técnicos. Os argumentos são bastante relevantes para a narrativa, e isso acaba envolvendo o espectador.

Envelheceu bem

Mesmo depois de mais de 30 anos de lançamento, o curta-metragem Ilha das Flores continua atual em praticamente todas as discussões que propõe, dentro e fora do Brasil. Para se ter uma ideia, o filme é exibido em escolas e universidades pelo Brasil e pelo mundo ainda nos dias atuais, mesmo após 30 anos do seu lançamento.

Premiado

Ilha das Flores foi selecionado como um dos filmes listados no livro Curta Brasileiro: 100 filmes essenciais, produzido pelo Canal Brasil e a Editora Letramento. O documentário também venceu o Urso de Prata, em Berlim, em 1990, logo após seu lançamento.

Temas sociais

Alguns pontos abordados no curta metragem se mostram extremamente atuais, como a desigualdade social, a fome, o descarte inapropriado de lixo (Resíduos Sólidos), etc.

Mais sobre Ilha das Flores

É possível encontrar o filme em diversos sites de streaming, em vários idiomas diferentes. Na plataforma GloboPlay, é possível assistir o documentário de 1989. Veja algumas opiniões de quem já assistiu o curta-metragem:

É um documentário/curta-metragem de apenas 13 minutos que é um clássico do cinema brasileiro considerado um dos maiores curtas de nosso país. É um clássico não apenas pela definição da crítica… É um filme que em minha experiência de vida já assisti em diversas situações ao longo de minha jornada. O primeiro contato foi em uma aula de geografia no ensino fundamental, lembro de as crianças rirem porque uma das personagens não tinha dentes, e hoje após tantos anos que me encontrei com esse filme, tive a experiência mais visceral sendo impossível não derramar lágrimas enquanto assistia o filme no horário de almoço de meu trabalho enquanto comia um prato de comida. O filme conta a história de um tomate começando na plantação de tomate do Sr. Suzuki em Porto Alegre, o tomate é então vendido a um supermercado, onde é adquirido pela Sra. Anete, vendedora de perfumes, juntamente com um pouco de carne de porco. Cada troca exige a presença do dinheiro, que é, junto com o tomate, o elemento constante da história. A Sra. Anete pretende preparar um molho de tomate para a carne de porco, mas, por considerar um dos tomates do Sr. Suzuki inadequado, joga-o no lixo. Junto com o restante do lixo, o tomate é levado para a Ilha das Flores, aterro sanitário de Porto Alegre. Lá, o material orgânico considerado adequado é selecionado como alimento para suínos. O resto, considerado inadequado para os porcos, é dado para as mulheres e crianças pobres comerem. É um filme visceral que não é feito para agradar e entreter o público, mas sim para arrancar pessoas de seus lugares comuns de fantasia e falsa esperança e trazê-los próximos das histórias de pessoas como da Ilha das Flores. Um filme de 89, mais velho do que eu, virou meme recentemente na internet, porém o que é mais interessante de se perceber é que quase 31 anos depois do lançamento, este filme continua sendo mais atual do que nunca…

Assisti há muitos anos, hj tornei a vê-lo. Produção incrível, roteiro sensacional! Mas o Furtado deveria ter avisado no próprio curta e aos moradores de que seria feita uma adaptação para causar maior catarse, e se eles estariam de acordo. Numa época de ignorância e preconceito sem filtro nem disfarce, o filme acabou prejudicando os moradores da ilha. Se acontecesse na sociedade atual, acredito que a história seria bem diferente e traria benefícios aos mesmos. Enfim, essa soma de eventos e comportamento social destoam completamente

Um ótimo documentário para refletirmos como somos inteligentes e ao mesmo tempo burros. Inteligentes pois aprendemos e gravamos coisas que são importante com mais facilidade do que qualquer outro ser vivo e burros porque ao mesmo tempo que alguns são inteligente, ganham seu dinheiro/salário outros comem a comida que nem um porco come, são tratados feito animais no meio do lixo. O documentário se passa nos anos 80 e é tão atual quanto imaginamos, é um excelente documentário para se refletir.

Um ótimo documentário para refletirmos como somos inteligentes e ao mesmo tempo burros. Inteligentes pois aprendemos e gravamos coisas que são importante com mais facilidade do que qualquer outro ser vivo e burros porque ao mesmo tempo que alguns são inteligente, ganham seu dinheiro/salário outros comem a comida que nem um porco come, são tratados feito animais no meio do lixo. O documentário se passa nos anos 80 e é tão atual quanto imaginamos, é um excelente documentário para se refletir.

Excelente documentário. Faz uma breve relação acerca daquilo que diferencia o ser humano diante das demais espécies no planeta. Entretanto mostra a relação de desigualdade social, o quanto afeta às pessoas de forma negativa para muitos e positiva para poucos, e possibilita fazer uma reflexão sobre nossas atitudes e os impactos que podem ser direcionados ao meio ambiente, aos animais e a nós mesmos.

O curta metragem em quentão, é uma clara denuncia acerca das injustiças sociais, podemos ver em alto e bom tom como o sistema "capitalista selvagem" é perverso para uma determinada classe social e também como os "determinantes sociais em saúde" estão intrinsicamente ligados no processo de adoecimento dos indivíduos: se os habitantes daquela ilha não estivesse a mercê de um sistema de disputa econômica, e sim sendo assistidos por um modelo equânime de políticas sócias. Pessoas não precisariam estar disputando com porcos para se alimentarem.

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Publicado por

Thiago Ribeiro Guedes

Editor do Focalizando

Jornalista e graduado em Publicidade, fiz da internet o meu país. Nas minhas redes sociais (@thiagobotafogo) não coloco ninguém em vacilo e produzo conteúdo sobre vida adulta, viagens, séries, filmes, tv, Biriba (meu cachorro) e Botafogo. Ah, e adoro reclamar. Se a vida me cobrasse para reclamar, eu pagaria o dobro!

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