Outros

O que significa "Deu no Poste"?

Qual o Significado de Deu no Poste? Aprenda Aqui

publicado em: 04/01/2024

No jogo do bicho, "deu no poste" é uma expressão usada para indicar um acerto inesperado ou um resultado vitorioso em uma aposta. Ela surgiu da prática de divulgar os resultados do jogo colocando os números sorteados em um poste para que todos pudessem ver.

"Deu no poste": Origem e Uso da Expressão

Quando alguém acerta um número que não era esperado, ou quando um resultado improvável acontece, os apostadores costumam usar essa expressão para descrever a surpresa e a inesperada sorte na aposta.

Contexto Cultural e Uso

Assim como outras expressões comuns no jogo do bicho, como "milhar" e "grupo", "deu no poste" faz parte do vocabulário dos apostadores. Essas expressões são usadas para descrever resultados, criar expectativas e até mesmo compartilhar experiências de sucesso ou fracasso nas apostas.

Reflexo na Cultura Popular

Essas expressões, incluindo "deu no poste", não só fazem parte do jogo, mas também se tornaram parte integrante da cultura popular brasileira. São utilizadas informalmente em diversas situações, mesmo fora do contexto do jogo do bicho, para descrever eventos inesperados ou resultados surpreendentes.

"Deu no poste" é mais do que uma simples expressão do jogo do bicho. Ela reflete a surpresa, a sorte inesperada e a imprevisibilidade que muitas vezes estão presentes no mundo das apostas. Além disso, ela demonstra como expressões de um jogo ilegal ganham espaço na cultura e no vocabulário cotidiano.

Essa expressão, assim como outras associadas ao jogo do bicho, se mantém viva na linguagem informal dos brasileiros, mesmo diante das restrições legais em relação ao jogo.

Jogo do Bicho no RJ

O jogo do bicho é uma das mais tradicionais formas de jogo de azar no Brasil e tem uma história fascinante. Originado no Rio de Janeiro no final do século XIX, o jogo do bicho é ilegal, mas ainda extremamente popular em algumas regiões do país.

Origens do Jogo do Bicho

O jogo do bicho foi criado por João Batista Viana Drummond, conhecido como Barão de Drummond, no Rio de Janeiro, em 1892. Inicialmente, era uma forma de atrair visitantes para o Jardim Zoológico da cidade, sendo cada animal representado por um número.

deu no poste

Funcionamento

O jogo consiste em apostar em um animal dentre os 25 disponíveis, cada um associado a quatro números. Cada animal tem uma sequência de quatro números e apostadores tentam prever qual animal será sorteado em cada rodada. Os sorteios são divididos em várias extrações diárias, sendo o primeiro prêmio o resultado da unidade simples do número do bilhete sorteado na Loteria Federal.

Popularidade e Controvérsias

Apesar de ilegal, o jogo do bicho se mantém popular em algumas regiões do Brasil. Sua popularidade pode ser atribuída à facilidade de jogar, às altas chances de ganhar (embora os prêmios sejam modestos em comparação com outras loterias) e à forte ligação com a cultura local.

No entanto, a ilegalidade do jogo do bicho resulta em uma série de problemas, como corrupção, lavagem de dinheiro e violência associada ao controle dos pontos de apostas ilegais.

Impacto Cultural

Além de seu aspecto de jogo, o jogo do bicho também tem influência na cultura brasileira, sendo frequentemente mencionado na música, literatura e até mesmo em debates políticos. Muitas vezes, os resultados do jogo do bicho são interpretados para prever acontecimentos políticos ou sociais.

Estrutura do Jogo

O jogo do bicho é estruturado em diversas modalidades de apostas. Além da aposta simples no animal, há opções como a centena (os dois últimos números do primeiro prêmio), dezena (o terceiro e quarto números do primeiro prêmio) e o terno (os três primeiros números do primeiro prêmio). Isso permite uma variedade de apostas e prêmios diferentes.

Organização e Controle

Apesar de ser ilegal, o jogo do bicho possui uma estrutura organizada. São os chamados "banqueiros" que controlam as apostas e os resultados, muitas vezes mantendo uma rede complexa de pontos de apostas conhecidos como "bicheiros". Esses pontos de venda ilegais estão presentes em diversas comunidades e bairros do Rio de Janeiro.

Consequências Sociais e Legais

A ilegalidade do jogo do bicho acarreta em consequências tanto sociais quanto legais. Apesar de sua popularidade, a atividade ilegal alimenta a corrupção, já que movimenta grandes quantidades de dinheiro fora do controle do Estado. Além disso, disputas entre grupos que controlam diferentes áreas de apostas muitas vezes resultam em violência.

Influência na Cultura

A presença do jogo do bicho na cultura brasileira vai além das apostas. Ele se tornou parte integrante de expressões culturais, sendo mencionado em músicas populares, como em composições de artistas renomados, e referenciado em obras literárias que exploram a sociedade brasileira e suas nuances.

Perspectivas Políticas

Curiosamente, em certos momentos, os resultados do jogo do bicho já foram usados como termômetros sociais ou políticos, onde especula-se sobre correlações entre os números sorteados e eventos futuros. Por exemplo, alguns acreditam que certos números podem estar relacionados a resultados eleitorais ou desastres naturais.

Conclusão

O jogo do bicho continua a ser um fenômeno cultural único no Brasil, misturando tradição, entretenimento e controvérsia. Sua permanência, apesar das restrições legais e problemas associados, reflete a complexidade das relações entre jogos de azar, cultura e sociedade.

O jogo do bicho permanece como uma atividade clandestina, mas profundamente enraizada na cultura brasileira. Sua história é marcada por uma mistura de fascínio popular, tradição e controvérsia. Apesar das restrições legais e dos problemas associados, o jogo continua atraindo jogadores e mantendo-se presente na sociedade brasileira.

Veja também

Mega Sena Caixa: saiba como funciona o jogo

Maior aposta do Brasil, Mega Sena faz toda semana brasileiros milionários; veja como funciona o jogo

avatar
Publicado por

Thiago Ribeiro Guedes

Editor do Focalizando

Jornalista e graduado em Publicidade, fiz da internet o meu país. Nas minhas redes sociais (@thiagobotafogo) não coloco ninguém em vacilo e produzo conteúdo sobre vida adulta, viagens, séries, filmes, tv, Biriba (meu cachorro) e Botafogo. Ah, e adoro reclamar. Se a vida me cobrasse para reclamar, eu pagaria o dobro!

Compartilhar: