Bem-Estar

Doação de órgãos: tire dúvidas sobre o tema

Apesar de ser referência em termos de transplantes de órgãos, o Brasil ainda possui muita gente aguardando por doação

publicado em: 17/02/2022

Doação de Órgãos é sempre um tema que gera muitas dúvidas e curiosidades por grande parte da sociedade. O Brasil tem uma alto índice de aprovação do mundo à doação de órgãos e é considerado referência mundial de transplantes, mas mesmo assim especialistas dizem que o número de doações efetivas é baixo ainda em relação ao número de pessoas que aguardam em lista de espera.

 

Muitas famílias recusam autorizar a doação de órgãos, ou por não saber sobre o desejo do falecido em doar os órgãos ou também por desconhecimento e dúvidas sobre o assunto. É por isso que reunimos algumas dúvidas frequentes para que você tire e reflita sobre essa importância de doação de órgãos.

Doação de Órgãos: dúvidas e respostas

Como ser doador?

Para ser doador de órgãos e tecidos no Brasil, basta avisar a sua família que você "quer ser doador de órgãos". Não é necessário deixar por escrito esse desejo, bastando a família saber sobre esse interesse. Se você não comunica sua família, ela fica em dúvida e acaba não fazendo a liberação e autorização. 

Quando posso doar?

Doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita ainda em vida. Agora doação de órgãos como coração, pâncreas, pulmão, dentre outros, só é realizada em situação de morte encefálica e após autorização da família.

doação de órgãos
Saiba mais sobre doação de órgãos / Foto: Mundo Educação

Posso ser "doador vivo"?

Sim, desde que seja uma pessoa saudável e que concorde em doar o rim ou medula óssea e, ocasionalmente, fazer o transplante de parte do fígado ou do pulmão para um de seus familiares. Se você deseja doar para não parentes, precisa de uma autorização judicial, aprovação da Comissão de Ética do hospital transplantador e da CNCDO, assim como a comunicação ao Ministério Público.

O que é "doador falecido"?

É um paciente internado em unidade de terapia intensiva (UTI) com morte encefálica. Em geral são aquelas pessoas que sofreram traumatismo craniano (TCE) ou derrame cerebral (AVC). A retirada dos órgãos e tecidos é feita no centro cirúrgico do hospital, seguindo toda a rotina das grandes cirurgias. Em caso da retira córnea, a realização precisa ser feita em até seis horas após a parada cardíaca.

 

Meu amigo precisa de um rim. Eu posso doar?

De acordo com a Lei Brasileira, há necessidade do doador possuir um grau de parentesco com o receptor (até 4º grau) para fazer a doação de órgãos. O processo é realizado na própria clínica em que o receptor faz o tratamento, assim como o encaminhamento para o transplante. A comunicação com o médico que trata a pessoa que precisa do rim é necessária.

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Quem faz o diagnóstico de morte encefálica? 

Dois médicos de diferentes áreas precisam examinar o paciente e fazer o diagnóstico clínico de morte encefálica. Isso faz parte do processo da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina e é necessário um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma (EEG), para comprovar que o encéfalo já não funciona.

 

Quem recebe os órgãos e os tecidos doados?

Os órgãos doados são transportados para os primeiros pacientes compatíveis que estão cadastrados em lista única da central de transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado. O processo é controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público.

Como fica o corpo após a doação de órgãos?

O doador pode ser velado normalmente em caixão aberto, sem apresentar nenhuma deformidades, e até cremado conforme decisão. A retirada dos órgãos e tecidos segue todas as normas da cirurgia moderna. 

 

A família do doador precisa arcar com os custos relacionados à doação?

Não. Aqui no Brasil, o único papel da família é de realizar a autorização da doação, e dizer que deseja fazer a doação de órgãos do falecido. Não há nenhum tipo de gastos financeiros, assim como a família não receberá nenhum tipo de ganho financeiro ao autorizar o procedimento.

Nota importante: As informações deste artigo é estritamente educacional, sem a intenção de substituir consulta médica, exames e ou, outros tratamentos médicos. Fale com o seu médico em caso de qualquer dúvida.

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Publicado por

Thiago Ribeiro Guedes

Editor do Focalizando

Jornalista e graduado em Publicidade, fiz da internet o meu país. Nas minhas redes sociais (@thiagobotafogo) não coloco ninguém em vacilo e produzo conteúdo sobre vida adulta, viagens, séries, filmes, tv, Biriba (meu cachorro) e Botafogo. Ah, e adoro reclamar. Se a vida me cobrasse para reclamar, eu pagaria o dobro!

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